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Quando a cirurgia é indicada nas doenças cardiovasculares?

  • Writer: 22grausbh
    22grausbh
  • Oct 17, 2024
  • 3 min read

As cirurgias de a aorta e o coração são procedimentos de grande complexidade técnica e, portanto, podem ensejar algum risco para o paciente. Por isso, o treinamento do Cirurgião Cardiovascular se faz em longos 11 anos e milhares de procedimentos realizados. A indicação cirúrgica sempre leva em consideração essa experiência adquirida, além de avaliação precisa e meticulosa do risco da cirurgia sobre os benefícios do tratamento cirúrgico.


Como avaliar o risco cirúrgico

A avaliação do risco cirúrgico leva em consideração vários fatores. Para que o cirurgião estime adequadamente o risco, ele precisa ter acesso a várias informação clínicas e laboratoriais do paciente.

O estado geral do paciente, sua saúde global, é um dos primeiros fatores avaliados assim que ele entra no consultório. Pacientes com doenças respiratórias, renais ou neurológicas, pacientes com grande fragilidade osteo-muscular, dificuldade de locomoção ou necessidade de auxílio de terceiros no seu dia-a-dia têm maior risco para cirurgia.

A idade é um fator importante, mas não é determinante. Temos idosos com ótimo estado geral, robustos e autônomos em suas atividades cotidianas, assim como temos pacientes jovens com importantes limitações.

Os dados objetivos dos exames são de grande importância na avaliação. A função ventricular direita e esquerda, a presença ou não de outras doenças cardíacas associadas, acometimento da circulação pulmonar ou arritmias cardíacas são determinantes nessa avaliação.

O cirurgião precisa avaliar pessoalmente o paciente e ter em mãos uma série de exames necessários e eventualmente indispensáveis para determinar o risco da cirurgia. De forma objetiva, o cirurgião pode utilizar “Scores de Risco” que são acessados pela Internet. Os dois programas mais utilizados são o STS SCORE (da Sociedade Americana) ou o EUROSCORE (da Sociedade Europeia). Estes “scores” vão estimar a mortalidade e a probabilidade de complicações em uma dada cirurgia em um determinado paciente.


Porque operar ou não operar



Vários anos de acompanhamento de pacientes e vários estudos científicos nos mostram quando a doença pode abreviar a vida do paciente ou trazer complicações graves que tragam grande prejuízo na qualidade de vida.

Assim, conhecendo a “história natural” da doença, deve-se intervir para tratá-la no momento mais adequado para trazer o paciente de volta a uma expectativa de vida normal.

Além do conhecimento da história natural, é determinante na indicação cirúrgica a experiência do serviço. Centros com grande volume de cirurgias tem melhores resultados do que aqueles hospitais ou serviços que só realizam cirurgias esporadicamente. Centros dedicados a determinadas patologias tem equipes mais treinadas para lidar com a cirurgia e suas possíveis complicações. No AoCor, já realizamos mais de 50.000 cirurgias na aorta e no coração e estamos totalmente focados nos nossos pacientes, com dedicação exclusiva ao Hospital Madre Teresa.


Escolha da técnica cirúrgica

Desde que indicado o tratamento cirúrgico, o cirurgião indicará para o paciente a estratégia a ser utilizada. Existem hoje várias abordagens possíveis e sempre será escolhida aquela de menor invasibilidade, menor risco e de recuperação mais rápida. Assim, poderemos utilizar técnicas endovasculares, cirurgias por cateter, abordagens minimamente invasivas e até mesmo robóticas. Entretanto, algumas condições da doença ou do paciente podem indicar uma cirurgia por abordagem convencional (aberta).

Seja a cirurgia aberta ou por técnicas minimamente invasivas, a proposta de tratamento será discutida para completo entendimento dos riscos e benefícios de cada opção e plena  concordância do paciente e seus familiares.

Após completo entendimento da proposta cirúrgica, os pacientes receberão um documento de “Consentimento Informado e Esclarecido” que deve ser preenchido e assinado para confirmar que todas as possibilidades e a proposta de tratamento foram devidamente explicadas.

 

Dr. Fernando Roquette Reis Filho

Cirurgião Cardiovascular do AoCor


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